Nós sofremos, adoecemos e atraímos conflitos e eventos desastrosos porque não conseguimos honrar minimamente a pauta ética da nossa alma. Quantos desmandos nós levamos à prática fulminando o senso ético da alma! No jogo proposto pelo ego, nós abrimos mão da ética para ganhar alguma vantagem momentânea, esquecendo que a alma não se engana.
O universo mental é um campo de energia sem limites. Constituída de diferentes níveis, a mente ainda é pouco conhecida na sua real dimensão e alcance. Conhecendo mais desse complexo sistema e o seu mecanismo do pensar auxilia-nos a lidar de maneira mais eficaz tanto com os pensamentos, como com as sensações, as emoções e os sentimentos.
Ética é mais que o assunto do momento, é a questão mais importante a ser resolvida no mundo atualmente. Nossa inteligência teve grande impulso no seu desenvolvimento a partir do último século, o que nos habilitou a receber, desenvolver e fazer uso das mais avançadas tecnologias. Isso implica desenvolver o senso ético para o bom uso dessas tecnologias a serviço do bem e da sustentabilidade da vida humana no planeta.
A emoção que abafa a razão é aquela desperta as paixões arrebatadoras e os instintos mais primitivos no ser humano, movendo respostas reativas e impulsivas e ativando o corpo emocional de dor ou alegria conforme o seu padrão e a ocasião. Toda emoção deve amadurecer na razão antes de ser expressada, para dar tempo de equilibrar sua impulsão conforme a situação solicita.
Nosso senso de solidariedade desperta muito mais nos momentos de sofrimento, de doença ou de tragédia, seguindo a uma lógica estabelecida pelo senso moral. Mas a solidariedade não escolhe momento nem ocasião, porquanto, por trás do sucesso momentâneo se escondem os mesmos motivadores da nossa solidariedade, só esperando pela oportunidade de ser manifestada.
O roteiro da corrupção se estabelece no desejo de se levar alguma vantagem, em qualquer ocasião, no jeitinho de resolver as coisas à margem da lei ou da ética. A sutileza nos surpreende quase sempre em se tratando de nossas atitudes éticas. Outro dia eu conversava sobre ética com uma pessoa, no supermercado, e quando passei pelo caixa me flagrei largando o cestinho na ponta do checkout em vez de recolocá-lo no local onde o peguei. Ato simples, quase nada, mas é um começo de roteiro para a corrupção.
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