“Transitando por diferentes níveis de discernimento e de lucidez, a conquista da consciência constitui o grande desafio existencial”. – Divaldo Franco
Nós ainda temos grande dificuldade para falar de Jesus e seus ensinamentos, fora do âmbito das religiões, porque nossa visão está turvada pelos conceitos pré-concebidos nas crenças implantadas e nos dogmas restringentes que assimilamos em séculos de distorções da verdade. Mas Jesus não foi fundador de nenhuma religião, e seus ensinamentos transcendem a qualquer aspecto delimitador que se queira impor a eles.
Para que serve um extenso currículo acadêmico, se o coração ainda não consegue administrar o sentimento mais puro da generosidade, do amor, da compaixão e da solidariedade? O ser humano orgulhoso, que se identifica com seu próprio status intelectual, sem o sentimento de humanidade que desponta na compaixão, pode usar todo seu conhecimento como arma de destruição da vida.
Quantos enganos nós ainda cometemos em nome da ignorância! Quantos julgamentos insensatos e condenações sumárias nós executamos sem antes rever nossos próprios posicionamentos dentro do cenário no qual nos vemos envolvidos com os outros, sem antes examinar nossa própria consciência e comparar nossas próprias atitudes na relação com aqueles que são objeto do nosso conflito interior!
Todos nós vivemos imersos no campo mental que emitimos. A onda do pensamento surge na emoção e no sentimento, na sensação, na percepção, ressuma na consciência e se espalha pela atmosfera psíquica levando consigo as emanações da emoção e do sentimento cultivado. A consciência recolhe a impressão e elabora o pensamento, que se organiza em ideia pela imaginação e segue formando a atitude que se exprime em comportamento movendo a ação.
Na era dos grandes avanços tecnológicos e da liberação dos meios de comunicação, que nos propiciam formar redes sociais sem limites e compartilhar nossos conhecimentos para melhorar o mundo, nós criamos redes de idiotização e uma era da estupidez. As tecnologias não chegaram até nós para nos idiotizar. Elas são as alavancas para a elevação da consciência humana para um mundo melhor, com mais facilidades e menos sofrimento.
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