“Transitando por diferentes níveis de discernimento e de lucidez, a conquista da consciência constitui o grande desafio existencial.” (Divaldo Franco)
Falar sobre Jesus e seus ensinamentos fora do contexto das religiões ainda é um grande desafio para muitos. Nossa visão está obscurecida por séculos de crenças enraizadas e dogmas que distorceram a verdade. No entanto, é importante lembrar que Jesus não fundou nenhuma religião, e seus ensinamentos transcendem qualquer barreira ou limitação imposta pelas instituições religiosas.
O Mestre, com profundo conhecimento da constituição psíquica do ser humano, nos deixou um legado ético e moral que vai além das estruturas religiosas e se aplica a todas as áreas da vida. O Evangelho, muito mais do que os textos frequentemente mal traduzidos que encontramos nas Bíblias atuais, é uma fonte de sabedoria. Para compreendê-lo verdadeiramente, é necessário ultrapassar a superficialidade das palavras e buscar o sentido profundo nas entrelinhas.
Jesus falava a língua comum do povo da época, o aramaico, uma língua rica em poesia e significados. Muito desse poder expressivo se perdeu nas traduções para outras línguas, deixando o entendimento limitado. O Evangelho, em sua essência, é o mais completo e perfeito código ético-moral, aplicável às concepções morais, filosóficas, políticas, econômicas, religiosas e psicológicas da humanidade.
Enfrentar os preconceitos que nos cegam e experimentar diferentes níveis de discernimento abre as portas para a verdade e expande nossa consciência. Jesus afirmou que, ao conhecermos a verdade, nos libertaremos das escravidões que criamos para nós mesmos – prisões de ignorância e medo que surgem da carência de autoconhecimento.
A mensagem de Jesus é um convite à introspecção, ao despertar da consciência e à libertação. A partir do autoconhecimento, somos capazes de alcançar novos níveis de discernimento e entendimento, superando as ilusões que nos aprisionam.