Nós vivemos entre a ilusão e a realidade expiando por uma fresta à espreita do futuro enquanto fugimos do passado. Essa fuga do passado é tão ilusória quanto é a nossa percepção da realidade e a perspectiva do futuro, porquanto o passado se repete ciclicamente, viciosamente, projetando nosso futuro em sucessivos episódios remasterizados. Portanto, o passado se projeta muito mais real do que a nossa expectativa de um futuro novo e diferente.
A questão do espaço e do tempo sempre nos intrigou, e apesar de todos os avanços da ciência nas suas tentativas de explicar, e do desenvolvimento intelectual do ser humano, ainda é uma questão que escapa à nossa compreensão e todas as explicações são apenas teorias.
Nós não conseguimos experimentar o “atemporal”; somos regidos pelos movimentos que criam o espaço e o tempo “lerdamente”.
“Meditação andando é meditar enquanto se anda. Andamos devagar, de forma descontraída, mantendo um leve sorriso nos lábios. Com esta prática, nós nos sentimos profundamente à vontade, e nossos passos serão os da pessoa mais segura do mundo. Todas as nossas preocupações e ansiedades desaparecerão; paz e alegria vão encher o nosso coração. Toda pessoa pode fazê-lo. Leva apenas um pouco de tempo, requer um certo grau de consciência e o desejo de ser feliz”.
Nós falamos muito em mudar. Pensamos e logo nos damos conta que nosso pensamento não foi legal, e queremos mudar o pensamento. Nos envolvemos numa emoção de raiva violenta, depois refletimos sobre nossa atitude e seu comportamento derivado, e queremos mudar. Mas isso é possível?
A pergunta remete ao que importa saber sobre si mesmo; mais especificamente sobre os potenciais imanentes e o destino traçado pela vida. Todos os nossos questionamentos sobre o sentido da vida são possíveis de serem respondidos, quando temos acesso aos conhecimentos das ciências e das filosofias.
A vida vibra em todas as formas e manifestações da natureza, em variados graus e níveis de consciência. O sentido que você dá à vida está em proporção da sua capacidade de dar respostas a ela; de sua aceitação das suas proposições. A vida propõe; ela mesma é uma proposta de expansão da consciência, pelos contrates das experiências que lhe dão o colorido. Você pode aceitar ou resistir, mas nada vai mudar nos planos da vida, se você não der sentido a ela.
Parece que uma parte da humanidade está caindo no buraco negro da estupidez e da idiotização, sem se darem conta disso. Literalmente, estamos diante da possibilidade de escrevermos a nossa história da maneira mais sórdida que nos envergonhará no futuro, nas próximas gerações.
Assim como uma faca pode ser perigosa, ou não, dependendo do seu manejo e uso, o ego humano também pode ser útil ao bem maior, como pode se tornar causa de queda moral do ser humano quando ele é o centro dos desejos inferiores. O ego é importante parte na estruturação da personalidade, tem função importante como referência na autoestima, mas também serve de alavanca para o egoísmo quando a consciência está imersa no pântano das ilusões.
Numa vida sem sentido, anoitece e amanhece sucessivamente a mesma rotina repetitiva dos mesmos eventos, e nada de novo acontece; as circunstâncias dominam a vontade e o ser humano se torna escravo de desejos e fantasias. Aquilo que é no presente está enraizado no passado e nós, frequentemente, lutamos contra aquilo que não podemos mudar e nada fazemos para mudar a nossa posição diante do imutável.