O número 1 é a unidade e a causa primeira de tudo, o primeiro dentre os números. Os antigos Egípcios, no entanto, não o consideravam como o primeiro número e sim como a essência subjacente de todos os números. Todos os números seriam manifestações a partir dele. O número 1 representa a Unidade – o Absoluto como energia não-polarizada. Atam representa o número 1 e não é nem feminino nem masculino.
A totalidade da energia divina durante o estado da criação era chamada pelos Egípcios antigos de ATAM. Assim, Atam é a totalidade da energia matriz ordenada durante o estágio da criação, enquanto Nun (zero) é o componente da energia desordenada – o Ser Subjetivo. O total da energia divina dentro do Universo é chamado NUN em seu estado caótico, e ATAM em sua criação ordenada é um ponto do seu estado/processo, no princípio da criação. Atam representa o lançamento, em uma sequência ordenada, das energias existentes dentro de Nun, ou seja, trazendo-o para a vida. Isso representa o Ser Objetivo. Nun e Atam são imagens um do outro, como os números 0 e 1 – o 0 (zero0 é nada, nulo, e o 1 significa todos. Toda criação veio para a existência, porque o Um Completo contém o todo. Para que a criação possa existir e ser mantida, esta energia divina deve ser pensada em termos de princípios masculino e feminino.
O número 1 é o ponto ativo dentro do círculo do zero passivo; uma unidade emanada do zero. Ele não pode ser masculino ou feminino, porquanto as duas polaridades estão nele, e também não pode ser classificado como positivo ou negativo, pois, da mesma maneira ele tem as duas polaridades em si mesmo em oposição constante, causando suas explosões de ímpetos por uma ou outra causa. Por isso se diz que o número 1 se opõe a si mesmo, para gerar o 2.
O ponto dentro do círculo do zero resulta da compressão do caos desordenado que toma a primeira forma na sua manifestação ordenada como o número 1; a primeira manifestação que se exterioriza do zero, a Unidade. Sendo só, a unidade não pode produzir nada, para isso é necessário que se oponha a si mesma, que se desdobre. Carrega o princípio da individualidade, iniciação, atividade, autodomínio, superação, dinamismo, agitação, poder mental e austeridade. O número 1 é explosivo, intempestivo, agitador, repercutindo a onda de choque de energia resultante da compressão do zero.
Simboliza a força criadora, o ímpeto e a propulsão para o novo, o ponto de partida de todas as jornadas. É considerado como a síntese da liderança, no entanto, sendo ele o número que simboliza a individualidade, os seus atributos de liderança carecem de paciência, compreensão, colaboração e carisma. Ele é bom líder de si mesmo. Sendo o número 1 o primeiro a se formar, a partir do zero, a sua experiência de liderança de grupos inexiste. É uma questão de lógica.
Porém, devemos considerar a liderança em sua variada forma de manifestações – liderança de equipe, liderança em qualidade, liderança de mercado, liderança em uma tabela, e outras. O número 1 representa a primeira posição em escala de liderança, mas como expressão dos atributos de liderança da personalidade humana ele carece dos seus elementos essenciais – paciência, diplomacia, popularidade, compreensão, colaboração e carisma.
É o número que representa mais naturalmente o empreendedorismo, o dinamismo, a iniciativa, a independência, a coragem desbravadora, o pioneirismo, a determinação da vontade e do foco. Representa a unidade, o uno manifestado na diversidade.
O número 1 é indivisível, não gera números inteiros de si e pode apenas ser fracionado. A sua divisão gera somente frações de si mesmo. Isso o torna um número peculiar, centralizador e único, característico ariano impulsivo e compulsivo, dominador, exigente e impaciente, do tipo que manda fazer e se não for feito de imediato ele mesmo acaba fazendo.
Observa-se as pessoas regidas pelo número 1, na expressão, por exemplo, como têm dificuldades para compartilhar e trabalhar em equipe, a não ser que elas mesmas ditem o que os outros devem fazer e como devem fazer. Mas elas mesmas não participam colaborando e não aceitam ordens dos superiores e ainda rejeitam, frequentemente, as sugestões dos colegas de equipe.
Um dos seus principais atributos é a vontade – vontade de ser, de superar-se a si mesmo, de ser o primeiro em tudo. A vontade é a força mais determinante do número 1. O número 1 se sustenta em si mesmo, pois não tem como se apoiar nos outros sendo a unidade primária de tudo e de todos os demais números. O número um parece ser autossuficiente.
O número 1 desperta coragem, confiança e independência e dá a direção certa das realizações.