O primeiro é o 1, chamado Atam pelos Egípcios – o Uno completo, aquele que é o todo.
O segundo é o princípio feminino chamado Isis, a mente divina, o pensamento e o intelecto, a concepção metafísica e física, o útero do Universo.
O terceiro é o masculino, animado, vívido, dinâmico, criativo, Osíris como a alma universal.
Os Egípcios Antigos reconheciam a importância da trindade no processo da criação – o 3 que são 2 que é 1. A unidade torna-se consciente de si, cria a energia polarizada formando os novos elementos, cada um compartilhando da natureza de um e de outro – cada um dos princípios masculino e feminino participa um do outro.
No nível intelectual, o princípio feminino é tanto passivo quanto ativo. No nível da alma, Isis (2) é a alma passiva e Osíris (3) é a alma ativa.
A sequência da criação está baseada num estágio de progressão natural – ativo-passivo e passivo-ativo, numa reação em cadeia da criação (expansão-contração). Com as forças combinadas de energias masculinas e femininas, o plano da criação pode vir para a vida.
O mundo, tal como o conhecemos se mantém unido por uma lei que se baseia na dualidade equilibrada de todas as coisas. Entre os pares polarizados visíveis temos – macho e fêmea, par e ímpar, positivo e negativo, ativo e passivo, dia e noite; cada par representa um aspecto diferente do mesmo princípio fundamental da polaridade. E cada aspecto participa da natureza da unidade e da natureza da dualidade.
Como já citamos anteriormente, para os Egípcios antigos, o número 1 não era um número, mas a essência do princípio dos números, e todos os outros são derivados dele. O número 1 representa a unidade, o absoluto como energia não polarizada. Eles o concebiam como não sendo ímpar nem par, mas ambos.
Os textos Egípcios antigos mostram que a unidade se tornando consciente de si cria energia polarizada – dois novos elementos, cada um dos quais compartilha da natureza de um e de outro, sendo cada um a imagem projetada no espelho do outro.
Da junção da unidade e da dualidade nasce o terceiro princípio – 3, o ternário ou a trindade. O 3 é o número da forma tridimensional – comprimento, largura e profundidade. É o terceiro elemento da forma. Representa a luz, o sagrado, resultado da moldagem das substâncias, produto da união e o número da perfeição. Mas também caracteriza a dispersividade.
Simboliza o mito, a magia sagrada, a comunicação, a criatividade, a imaginação, a diversão, a expansividade, a popularidade, a família constituída – pai, mãe e filho. Nós conceituamos que o número 6 representa a família, mas na verdade é o número 3 que representa a sua constituição, e o 6 representa as relações humanas e a cumulação do bem estar humano cuja ambientação propícia é a da família.
O número 1 representa a ideia, o número 2 o pensamento, a razão e a intuição, e o número 3 sintetiza, na imaginação, a ideia, o pensamento, a razão e a intuição. O número 3 representa todas as trindades como simbologias sagradas e importantes para a humanidade.
São muitos os ternários e trindades, vejamos apenas alguns a título de ilustração:
- Pai, mãe e filho;
- No cristianismo, Pai, Filho e Espírito Santo;
- A sucessão do tempo – passado, presente e futuro;
- A contagem do tempo – dia, mês e ano;
- A contagem do tempo – horas, minutos e segundos;
- A sucessão do dia – manhã, tarde e noite;
- Os estados da matéria – sólido, líquido e gasoso;
- A tridimensionalidade – largura, altura e profundidade;
- As polaridades e a neutralidade – positivo, negativo e neutro;
O número 3 forma a primeira figura geométrica completa – o triângulo equilátero (três lados iguais), por isso é considerado o número da perfeição. Triângulo que simboliza também os três principais aspectos da natureza do Espírito, dotado de inteligência, mente e consciência, ou ainda Espírito, energia e matéria.
O número impulsiona o movimento no sentido da socialização.