“Somos hoje herdeiros positivos dos
reflexos de nossas experiências de ontem, com recursos para alterar-lhes a
direção à verdadeira felicidade” – Emmanuel/Chico Xavier
A vida nos propõe e nós escolhemos. Todas
as nossas escolhas se resumem a duas possibilidades apenas – aquela que nos
eleva à felicidade; aquela que nos mantém prisioneiros das ilusões gerando
sofrimento. Escolhemos seguir nossa essência em busca da felicidade ou nos
afastar de nós em busca de objetos.
Muitos ainda acreditam que a
felicidade é um substantivo, algo que se possa comprar, possuir, um objeto. Mas
felicidade é verbo que se conjuga na autorrealização. Aquele vazio que todos
nós sentimos em algum momento – para muitos em quase todos os momentos da vida
– é alma não preenchida pelo bem, é dor de alma que se traduz em depressão e
ansiedade, é sensação de se estar longe de casa tomado por medo e insegurança;
negação de nossa essência que chora o esquecimento.
Sabemos qual é o caminho da
felicidade, e só não o seguimos porque escolhemos seguir ao outro caminho que
nos foi proposto pela sociedade. Uma sociedade que se organizou sobre os
pilares do materialismo, a pior dentre todas as ideologias. O brilho das luzes
do comércio da felicidade é atrativo irresistível para a maior parte dos
humanos. Mas objetos não podem proporcionar felicidade.
Felicidade é o estado de graça que
preenche a alma quando seguimos a nossa essência e fazemos o bem; é o estado de
alma com o qual lidamos com as circunstâncias e os eventos da vida – é uma
escolha. Rir ou chorar, compreender ou esperar compreensão, aceitar ou rejeitar,
assumir responsabilidade ou transferi-la para os outros, ser ou ter, prazer ou
dor, espera ou esperança, confiança ou expectativa, fé ou dúvida, são escolhas
nossas e os seus resultados repercutem em nós
O resultado da equação da vida deve
ser – sair do mundo melhor que chegamos nele. E se o mundo não lhe agrada, considere
que ele é parte de como você pensa a vida, portanto, reconsidere as suas
crenças, pense no bem, sinta o bem, ame o bem, pratique o bem, seja o bem e o
mundo será o bem, porquanto ele é o resultado dos nossos desejos.
A direção da vida resulta da escolha
que fazemos – podemos chorar as dores dos nossos erros ou aprender com eles;
podemos repetir o padrão de sempre ou modifica-lo, podemos seguir aos outros ou
a nós mesmos, podemos reclamar ou assumir a responsabilidade por nossas
escolhas, corrigindo as que deram errado e procurar acertar nas próximas. Errar
faz parte do jogo da vida e é lição educadora. A dor positiva é aquela que
resulta dos erros que impulsionam para os acertos; a dor mórbida é estagnação
no erro.
A vida é uma escola cuja pedagogia é
o reflexo das nossas escolhas; a sua linguagem será sempre aquela que melhor
entendemos – estímulos à felicidade ou dor. Caminha em busca da felicidade
aquele que aceita a dor como sinal de que está errando e procura acertar; sofre
aquele que transfere a responsabilidade da sua dor para os outros oferecendo
resistência à pedagogia da vida. A vida é uma escola cujo mérito está na sua
proposta de autorrealização a todos que aprendem as suas lições.
A arte de viver é a busca constante
pela felicidade, não lá fora, mas no encontro de si consigo. A arte de viver é
a arte de levar o ser humano ao interior de si mesmo. Busca a sabedoria que
está no teu reino interno e segue a vida; todo o resto te será concedido por
merecimento e estímulo para teu crescimento e progresso.
Luìz Trevizani – 21/07/2019